Essa é nova. Rita Lee bipolar. Me pergunto se o psiquiatra que a diagnosticou não acompanhou o trabalho da artista de rock e aderiu a onda da síndrome de auto-psiquiatrização adquirida de que sofre a sociedade atual, em que nossas tristezas viraram depressões, nossas manias viraram histerias e nossas alegrias viraram surto. O grande Assis, sofrendo de epilepsia, dislexia e gagueira já tinha previsto essa corja de alienistas que deveriam se trancar em seus casarões psiquiátricas por verem loucura em tudo.
A própria cantora que já afirmou em versos: "Dizem que sou louco/ por pensar assim/ mas louco é quem me diz/ e não é feliz" disse se sentir aliviada ao receber o diagnóstico. E receita-se Prozac, Alprazolam, Olcadil, como água pra manter nossa mente dentro do sistema. E o rock contraventor, talvez seja um vírus causador de todos os distúrbios mentais.
Rita lee na veia para as crianças diagnosticadas com o proliferado Distúrbio de Déficit de Atenção. E antigamente a epidemia escolar era só piolho. Hoje transtorno mental parece estar contagioso e chove diagnosticações erradas de problemas sistemáticos de educação retrógrada para mentes adaptadas à Ipads, Ipods, Iphones, comunicação em rede e compartilhamento em nuvens.
Certamente a Santa Rita de Sampa é melhor remédio para as mazelas da mente e da alma do que a patrocinada ritalina receitada pelos médicos visando 10% do lucro famacêutico. Quanta revolução já não foi natimorta por drogas fabricadas por industrias que integram o sistema.
Rita, acorda. A sua bipolaridade é luxo perto da linearidade do pensamento atual, da caretização dos padrões, e do anti-rock inerte na psicologia pacificadora. E da próxima vez que essa classe de malucos te oferecer novo rótulo, grite como nos ensinou: "Obrigado, Não."
A Rita Lee é a prova provada de que o avançar da idade não significa necessariamente ter mais juízo...
ResponderExcluir